Escaldante

Sol de rachar: uma sauna a céu aberto

Marcelo Martins

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A minha primeira parada, às 15h08min de terça-feira, foi no canteiro de obras de um prédio na Rua Major Duarte. Quando o veículo do jornal parou em frente ao local, logo que abri a porta do veículo a vontade era a de não sair do carro: o mormaço era avassalador. O engenheiro da obra, Rogélio Zanini, e o mestre de obras, Luiz Carlos Pereira da Luz, logo deram o recado: "Vai lá e vê o quanto tu aguenta".

Devidamente equipado, de capacete e de luvas, fui ajudar (ou seria atrapalhar?) o carpinteiro Eduardo Nichele Lemes. Paciencioso, o Alemão, como é mais conhecido, me deu a tarefa de carregar estacas de madeira (cada uma com peso médio de 20 quilos). Na primeira que puxei, me veio à cabeça um questionamento: "Afinal, de que vale ir à academia e "puxar ferro" se na hora que eu mais preciso dou sinais de fraqueza?!". Mas fui adiante.

Consegui levantar, embora com muita dificuldade e com uma constrangedora coordenação motora, quatro estacas de madeira. Já exaurido, e sedento por água, resolvi espiar o termômetro. Foi desolador: 39,7ºC. Por fim, carreguei outros materiais da obra, sempre sob o olhar atento de algum operário. No centro da obra, o ambiente era o de uma sauna. O termômetro chegou a quase insuportáveis 43ºC.

Para driblar o inconveniente astro-rei, os operários tomam muita água e fazem intervalos à medida que o calor pega. Porém, só o que eles não perdem, ainda bem, é o bom humor e a persistência de darem o melhor de si ao edificarem sonhos.

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